Em janeiro de 2012, o então presidente do Instituto de Previdência do Estado de Roraima (Iper) autorizou a movimentação de cerca de R$ 180 milhões que estavam aplicados em instituições tradicionais e fundos de investimentos de baixo risco. Os recursos foram transferidos para fundos mais arriscados e administrados por instituições desconhecidas.
As operações causaram perda financeira de R$ 55,8 milhões e grande vulnerabilidade aos segurados e dependentes dos recursos previdenciários, que tiveram que arcar com os prejuízos. A decisão pelos investimentos de alto risco não foi embasada em parecer técnico qualificado e enfrentou resistência de conselheiros e diretores internos, que desaconselharam as aplicações.
Rodolfo de Oliveira Braga foi denunciado pelo MPF pelo crime de gestão temerária de instituição financeira, caracterizado pela conduta abusiva do agente público, que ultrapassa os limites da prudência e dos riscos considerados aceitáveis para os investimentos. Ele agora foi condenado a 2 anos e 8 meses de prisão, pena que será cumprida em regime aberto, além de multa.