Se fosse vivo, o cantor e compositor Gonzaguinha, nome artístico de Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, nascido no Rio de Janeiro, completaria 78 anos na próxima sexta-feira, dia 22/09. Dono dos sucessos “O Que É, o Que É?”, “Nunca Pare de Sonhar” “Sangrando”, entre muitos outras canções, Gonzaguinha é imortalizado na memória brasileira e na música nacional. Gonzaguinha tocava viola desde criança, e sua primeira canção foi feita aos 14 anos: “Lembranças da Primavera”.
Gonzaguinha ficou órfão aos dois anos de idade, quando sua mãe, a cantora e dançarina Odaléia Guedes dos Santos, faleceu de tuberculose. Ela era esposa do cantor e compositor Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, que assumiu a paternidade do menino. Gonzaguinha foi criado pelos padrinhos de batismo, porque a nova namorada de Luiz Gonzaga não aceitava o menino. Luiz sempre visitava Gonzaguinha e o sustentava financeiramente, mas a relação dos dois era recheada de brigas, já que Gonzaguinha não aceitava que o pai não havia o criado, e até então não sabia que Luiz não era seu pai biológico. A convivência dos dois só entrou em harmonia quando o garoto foi morar com o pai na bairro de Cocotá, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
A grande mudança na carreira de Gonzaguinha aconteceu em 1973, quando apresentou a música “Comportamento Geral” no programa de Flávio Cavalcanti. Em meio ao Regime Militar, o cantor foi acusado de terrorismo pelos jurados do programa e recebeu uma censura no dia seguinte. A polêmica tornou a música um sucesso. Gonzaguinha chegou a ser levado ao DOPS e teve 54 músicas censuradas.
Gonzaguinha morreu aos 45 anos em 29 de abril de 1991, vítima de um acidente automobilístico. Ao regressar de uma apresentação em Pato Branco, no Paraná por uma rodovia no sudoeste daquele estado, colidiu seu Monza contra uma camionete Ford F-4000. O acidente ocorreu por volta de 7h20 da manhã entre as cidades de Renascença e Marmeleiro. Gonzaguinha estava se dirigindo para Foz do Iguaçu, de onde seguiria de avião para Florianópolis, onde tinha um show agendado. No carro estavam também seu empresário e o dono de uma empresa de produções artísticas, Renato Manuel Duarte, que ficaram gravemente feridos. Renato é advogado e reside em Brasília.