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Carmen Lúcia, a partir de hoje a única mulher no STF

No Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia passou a ser a única mulher, após a aposentadoria hoje (02.10) da ex-presidente da Corte, Rosa Weber. Para a vaga de Weber despontam como favoritos apenas homens: o ministro da Justiça, Flávio Dino; o advogado-geral da União, Jorge Messias; e o presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Bruno Dantas. Na história do Supremo, em 132 anos, nunca houve a indicação de uma mulher negra para o cargo de ministra. Desde a redemocratização do país, entre os 30 ministros que já ocuparam uma cadeira na Corte, apenas três eram mulheres, todas brancas, e houve apenas um homem negro.”

Levantamento nos sites do STF e dos Tribunais Superiores mostra que a presença de ministras costuma ser baixa em relação aos homens. O STF contou somente com três mulheres até agora. Ellen Gracie foi a primeira a atuar, permanecendo de 2000 a 2011, quando se aposentou. As demais são Cármen Lúcia e Rosa Weber (também aposentada). No Superior Tribunal de Justiça (STJ) são 33 postos, dos quais três estão vagos. Dos 30 integrantes atuais, apenas seis ministras: Maria Thereza Rocha de Assis Moura (que o preside), Fátima Nancy Andrighi, Laurita Hilário Vaz, Maria Isabel Diniz Gallotti Rodrigues, Assusete Dumont Reis Magalhães e Regina Helena Costa. No histórico desde 1989, passaram pela Corte apenas outras duas mulheres: Eliana Calmon e Denise Arruda.

No Tribunal Superior do Trabalho (TST) são 27 postos, dos quais 26 estão preenchidos. Desse total, somente sete ministras: Dora Maria da Costa (corregedora-geral da Justiça do Trabalho), Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, Kátia Magalhães Arruda, Delaíde Alves Miranda Arantes, Maria Helena Mallmann, Morgana de Almeida Richa e Liana Chaib. Já no Superior Tribunal Militar (STM), são 14 homens e apenas uma mulher, a ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha.