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Pará é destaque na lista suja do trabalho escravo

Por Ronaldo Brasiliense- A nova edição da chamada “lista suja” do trabalho escravo, divulgada nesta quinta-feira (05) pelo governo federal, inclui 13 empregadores envolvidos com garimpos no Pará, Mato Grosso e Bahia, além de cinco fornecedores de gado da gigante de proteína animal JBS.

Em nota encaminhada à Repórter Brasil, a assessoria de imprensa da empresa afirmou que “todos os cinco produtores foram bloqueados pela JBS no dia de hoje, assim que foi divulgada a atualização da Lista Suja do Trabalho Escravo”. Ainda segundo o texto, a medida reforça o compromisso da companhia “com uma cadeia de valor sustentável”. Confira o posicionamento na íntegra.

Dentre os pecuaristas que encaminharam bois para frigoríficos da JBS está Vanúbia Silvia Rodrigues. Em 2022, ela foi responsabilizada pela exploração de mão de obra análoga à de escrava na Fazenda Presente de Deus, localizada em Ourilândia do Norte (PA).

Também no ano passado, a propriedade forneceu animais para as unidades de Redenção (PA) e Santana do Araguaia (PA) do frigorífico, segundo documentos de trânsito de gado acessados pela Repórter Brasil.

Outro caso no Pará é o da pecuarista Lenir Maria Pimenta. Em 2021, três trabalhadores foram resgatados na Fazenda Serra Rica, de sua propriedade, localizada em Cumarú do Norte. A fazendeira também encaminhou animais para serem abatidos na unidade de Santana do Araguaia (PA) da JBS, em 2021 e 2022.