A opinião é do ex-presidente da OAB de Santa Catarina (OAB-SC), Adriano Zanotto:
Infelizmente há uma descrença geral da sociedade em relação a OAB, por não compreender seu silêncio em momentos em que outrora era protagonista. Como disseram Ministros do STF a época do julgamento do caso “mensalão”, defender a democracia (art.44,I do EAOAB) é combater a corrupção sem receios. Defender a liberdade de expressão e pensamento, sem censura, é assegurar a garantia maior do cidadão que se diz livre. Em alguns momentos, em recente passado de triste memória, a Instituição foi usada para o Presidente de plantão fortalecer seus posicionamento político pessoal, que angariou uma antipatia à OAB aumentando em muito o desafio da atual gestão. Acho que a advocacia brasileira está amadurecida para o debate e deseja ter mais voz na escolha do dirigente nacional. Hoje, os administradores regionais pagam uma conta que não é sua. Talvez a eleição direta permita que os advogados participem mais da decisão dos rumos que desejam dar a instituição eis que identificaram nas propostas a serem apresentadas aquelas que estejam aliadas aos seus sentimentos. Está distância entre o dirigente e o eleitor não está se mostrando adequada. A OAB deve levar o debate a discussão com a classe.