Direito Global
blog

Novo presidente do Tribunal de Justiça

“Os sonhos inspiram, as ações transformam e quando as ações encontram os sonhos, surgem as realizações”, esta foi a reflexão feita pelo novo presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) para o biênio 2024/2025, desembargador Samuel Meira Brasil Júnior, em seu discurso de posse, no Salão Pleno do TJES.

“Inspirado pelo sonho de uma justiça igualitária, inclusiva, eficiente, voltada para ajudar os vulneráveis e que promova estabilidade e segurança, movido por ações, todas atuando com determinação e vontade, com a firmeza do resoluto, e a suavidade de quem conhece e compreende as agruras da vida, buscando sempre realizações para que o sonho de um seja a esperança e o futuro de muitos”, destacou o desembargador.

O desembargador Samuel Meira Brasil Júnior ainda indicou três pontos importantes que devem ser observados: de onde o Judiciário veio, onde está e para onde quer ir. “Nós viemos de uma justiça analógica, nós estamos em uma justiça digital e nós queremos uma justiça inteligente”, apontou.

“O mundo está mudando e mudando rápido demais, as habilidades sociais do passado podem não ser tão úteis atualmente, e nós não podemos ficar presos àquelas habilidades do passado, nós precisamos reconhecer os nossos limites, reconhecer de que forma nós poderemos ser mais úteis à sociedade e a partir daí desenvolver e aprimorar novas habilidades”, completou.

E diferentemente de quando tomou posse e citou filósofos do Direito, nesta data, o desembargador Samuel optou por fazer uma breve referência há alguém que revolucionou o modo de ser das coisas.

“Eu acho que neste momento de gestão do Tribunal, talvez uma das melhores referências seja Steve Jobs, por tudo que ele conseguiu fazer e transformar na Apple. Quando ele assumiu a presidência, o grupo de servidores que não concordava com a nomeação dele o desafiaram, e ele tentou dizer que não queria uma empresa que desse lucro para o conselho de diretores, mas que não fosse sustentável. Ele queria algo que pudesse realmente fazer um impacto muito grande na ponta onde realmente importa, que é o usuário final”, citou.

Para o novo presidente, este é um dos exemplos que pretende seguir em sua gestão. “Nada, absolutamente nada, que o Tribunal de Justiça irá fazer destina-se ao Tribunal, destina-se às instituições. Na verdade, as ações do Tribunal tem um destinatário, que é aquele apontado por Steve Jobs, que é o usuário final, é o jurisdicionado”.

E para encerrar, o desembargador Samuel enfatizou que, o Tribunal não pode vender sonhos, mas ele julga sonhos. “Ele julga os sonhos das pessoas, o patrimônio conquistado com muita luta, os filhos numa disputa judicial. O Tribunal lida com sonhos e precisa ter absoluta sensibilidade com referência a isso. Então, nós estamos numa justiça digital e queremos ir para uma justiça inteligente. Inteligência de duas formas, a inteligência artificial e uma inteligência natural (…), que pode trazer uma melhor prestação jurisdicional”, concluiu.