O Tribunal Regional do distrito administrativo de Berna-Miuttelland, na Suíça, anulou a sentença que havia condenado o brasileiro Alexi Stival, o ex-jogador e hoje treinador de futebol, Cuca por ter mantido relações sexuais com uma menor de idade durante uma excursão do Grêmio à Suíça, em 1987. Em novembro de 2023, a juíza Bettina Boschler reabriu o caso após pedido solicitado pela defesa do treinador. Após analisar os procedimentos do processo entre 1987 e 1990, a magistrada, em função de diversas irregularidades ocorridas no processo de 1989, tendo levado a um “veredito injusto”, reconheceu as razões do técnico e submeteu o processo ao Ministério Público para análise de eventual prescrição.
O Ministério Público, por sua vez, alegou que o crime estava prescrito, não podendo haver um novo julgamento, sugerindo a anulação da pena e, consequentemente, a extinção do processo. No dia 28 de dezembro, a juíza encerrou o caso e ainda determinou que Cuca recebesse uma indenização de 13 mil francos suíços (R$ 75 mil). As cifras foram reduzidas a 9500 francos (R$ 55,2 mil) após descontos dos casos processuais
Cabe ressaltar que a decisão da Justiça da Suíça não inocenta Cuca, apenas anula a sentença e extingue o processo, sem entrar no mérito de culpa ou inocência. Não há a possibilidade da abertura de um novo julgamento. “Hoje eu entendo que deveria ter tratado desse assunto antes. Estou aliviado com o resultado e convicto de que os últimos 8 meses, mesmo tendo sido emocionalmente difíceis, aconteceram no tempo certo e de Deus”, disse Cuca em nota divulgada por sua assessoria.
Em abril de 2023, Cuca chegou a ser contratado pelo Corinthians. Sob pressão da imprensa e torcida por conta do caso, o treinador ficou apenas dois jogos no comando do Timão, pedindo demissão e focando em resolver o assunto jurídico.