O ex-jogador da Seleção Brasileira, do Barcelona e do São Paulo, o baiano Daniel Alves completa agora janeiro um ano detido na Espanha acusado de ter abusado e violentado uma jovem de 23 anos. A acusação se refere ao episódio, ocorrido em 30 de dezembro de 2022, na boate Sutton, na Catalunha, onde o atleta teria agredido sexualmente a moça. Inicialmente, o atleta afirmou que não conhecia a mulher. Contudo, imagens das câmeras de segurança da casa noturna mostram Daniel e a denunciante trancados no banheiro por 15 minutos. Resultados de exames de corpo de delito também apontaram a presença do sêmen do jogador nas amostras coletadas da mulher.
Em abril do ano passado, Daniel Alves admitiu que houve penetração na relação, mas afirmou que foi consentida. As contradições apresentadas por Daniel Alves foram decisivas para a ordem de prisão preventiva. Posteriormente, o ala comentou que alterou seu relato para preservar seu casamento com Joana Sainz. Após a repercussão do caso, o atleta viu a Justiça da Espanha recusar três pedidos de liberdade apresentados por sua defesa.
Apesar do pedido de 12 anos de prisão, é provável que Daniel Alves cumpra no máximo seis anos, caso seja condenado. Isso se deve ao fato de que a defesa do jogador pagou uma indenização de 150 mil euros à denunciante. No entanto, a advogada da mulher contesta a possível redução da pena. O Ministério Público também solicita que, após cumprir a pena, Daniel fique em liberdade vigiada por dez anos e seja proibido de se aproximar da suposta vítima ou de se comunicar com ela pelo mesmo período. O julgamento do caso está previsto para acontecer em fevereiro e a pena para esse crime na Espanha pode chegar a 12 anos de prisão.