Por decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ), o deputado federal e ex-prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e o empresário Rafael Alves seguem inelegíveis até 2028 e terão que pagar multa de R$ 106,4 mil cada um. Os dois haviam sido condenados na primeira instância da Justiça Eleitoral por abuso de poder político e econômico e conduta vedada durante as eleições de 2020, quando Crivella era candidato à reeleição.
A decisão seguiu o parecer do MP Eleitoral que pedia a condenação do ex-prefeito e do empresário pelo uso da máquina municipal no caso conhecido como QG da Propina, ligado ao financiamento ilícito de campanha (caixa 2). O esquema teria movimentado, ilegalmente, R$ 50 milhões.
Segundo as investigações, Alves negociava apoio político a Crivella em uma sala da Riotur, que na época era presidida pelo seu irmão, Marcelo Alves. Em troca de dinheiro, empresários que aceitassem participar do esquema seriam favorecidos em licitações, ordens de pagamento da prefeitura e nomeação em cargos.