O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello (foto), conversou com o Jornal do Brasil e comentou as implicações trazidas pela votação na lista tríplice do dia 5 de agosto que pode reconduzir o procurador-geral da República Rodrigo Janot ao seu cargo ou ter seu nome recusado. Para que seja reconduzido, ele precisa estar entre os três candidatos mais votados, ser indicado pela Presidência da República e passar pela aprovação do Senado. O ministro do STF lamentou o fato de que alguns políticos que estão sendo investigados vão votar na recondução ou na rejeição do Procurador-Geral Rodrigo Janot, que segundo ele, vem fazendo um trabalho sério: “A leitura que se faz é péssima, quando a partir de um interesse momentâneo e isolado, um interesse individual coloca o coletivo em segundo plano. O que tem que se perceber é se [o procurador] vem atuando como requer o cargo que ele ocupa. E a meu ver ele vem atuando dessa forma. E não pode sofrer conseqüências por isso. É o fim. É algo incompreensível, que não entra na minha cabeça. O cumprimento do dever não pode gerar conseqüências negativas”.