Um exercício coletivo no qual foi representada uma situação envolvendo vítima e seu agressor, foi com esta dinâmica que a facilitadora Gil Thomé realizou uma sessão de constelação familiar com dez mulheres vítimas de violência doméstica, no auditório da Primeira Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá.
O projeto do Poder Judiciário faz parte do programa Justiça pela Paz em Casa desenvolvido pela Corregedoria-Geral da Justiça do Estado. Neste contexto, a constelação familiar trata das relações conflituosas de casais que chegam a agressões. O objetivo é fazer com que a vítima verbalize o conflito, identifique a origem do mesmo e receba orientações práticas para solucionar a questão.
De acordo com o juiz Primeira Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá, Jamilson Haddad Campos, pioneiro neste tipo de atividade, essa é uma proposta das reuniões sistêmicas que tem contribuído com mudança de perspectivas para muitas mulheres. “A constelação oferece um novo caminho à mulher agredida, revela o seu papel dentro da situação vivenciada, buscando empoderá-la para que saiba lidar com esta realidade.
Os princípios sistêmicos mostram que ela tem opção de reconstruir este vínculo ou mesmo rompê-lo definitivamente, pondo fim à postura vitimizada e ao ciclo de violência, muitas vezes, repetidas por gerações”.