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Carlinhos de Jesus

“Eu perdi meu filho. Eu rogo a Deus que vocês vivam bastante para que amarguem a dor do arrependimento”, declarou emocionado o coreógrafo Carlinhos de Jesus, em depoimento no primeiro dia do julgamento dos acusados pela morte de seu filho, o músico Carlos Eduardo Mendes de Jesus, o Dudu, na madrugada do dia 19 de novembro de 2011, em Realengo, Zona Oeste carioca.

A sessão, que começou nesta quarta-feira, dia 15, às 15h, no 1º Tribunal do Júri do Rio, no Fórum Central da cidade, tem no banco dos réus os policiais militares Miguel Ângelo da Silva Medeiros e André Pedrosa dos Santos. O júri volta a se reunir nesta quinta-feira, dia 16, a partir das 10 horas.

O terceiro réu, Magno Carmo Pereira, que também seria julgado, não pôde comparecer porque o Serviço de Operações Especiais do Complexo de Bangu não autorizou a saída de nenhum presidiário por causa da greve geral convocada para esta quarta-feira.

Durante aproximadamente nove horas, foram ouvidas pelo júri presidido pelo juiz Gustavo Direito nove testemunhas de acusação e uma de defesa. Também foi exibido um vídeo com o depoimento da testemunha Bruna dos Santos Florêncio Pereira, ex-namorada da vítima, apontada como pivô do crime.

Carlos Eduardo Mendes de Jesus era vocalista de um grupo de samba. Na época, investigadores descobriram que integrantes da banda da qual Dudu fazia parte se envolveram em uma briga com um policial militar numa festa. Além disso, também foi apurado que o músico se encontrou com a ex-namorada Bruna, em um bar, quando ela estava acompanhada do então namorado, Marlon Soares Pinheiro, também policial militar.

No dia do crime, Dudu saiu da Choperia Boteko Carioca, na Avenida Marechal Fontenelle, em Realengo, quando foi atingido por disparos feitos por dois homens que estavam em uma motocicleta.