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Assassinato da pastora

A Promotoria de Justiça Criminal de Montenegro (RS) apresentou denúncia contra Adair Bento Da Silva, 38 anos, Rodrigo Nunes da Silva, 23 anos, Igor de Azeredo Gomes, de 21 anos (atualmente na Penitenciária Modulada de Montenegro) e Juliano Jackson da Silva Gomes, de 31 anos (atualmente cumprindo prisão domiciliar), pela morte da pastora Marta Maria Kunzler da Silva.

A promotora de Justiça Graziela Vieira Lorenzoni, que assina a ação, entendeu que eles praticaram homicídio quintuplamente qualificado. O motivo foi considerado torpe (mediante paga e com promessa de recompensa); o crime foi praticado por meio cruel – asfixia – e utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, trata-se de um feminicídio, caracterizado como violência doméstica e familiar, e contra pessoa maior de 60 anos.

Conforme as investigações, no dia 14 de junho, por volta das 23h15min, em Montenegro, os denunciados Igor de Azeredo Gomes, Juliano Jackson da Silva Gomes, Rodrigo Nunes da Silva e Adair Bento da Silva, em comunhão de esforços e acordo de vontades, por ordem de Adair, mataram Marta Maria Kunzler da Silva.

Adair prometeu que pagaria a Igor e Juliano (que são primos) a quantia de R$ 1 mil (mas acabou pagando apenas R$ 100), para cometerem o crime porque a mulher não concordava com a separação proposta pelo mandante. Além disso, ficou sabendo que, se a separação se consumasse, sua parte do patrimônio do casal seria pequena. Eles eram casados havia 18 anos.

Naquela noite, a pastora foi surpreendida quando chegava em casa após o culto na Igreja do Evangelho Quadrangular de Montenegro. Igor e Juliano esperavam-na dentro da residência e a atacaram com golpes no pescoço e, em seguida, estrangularam-na com uma gravata – que foi encontrada amarrada na vítima. Para abafar os gritos da vítima, eles colocaram som em alto volume.