Há 28 anos – no dia 29 de março de 1990 – a carioca Cnea Cimini Moreira de Oliveira (já falecida) tomava posse como ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Nomeada pelo então presidente José Sarney, a juíza oriunda do TRT do Rio de Janeiro se transformava na primeira mulher a vestir a toga de um tribunal superior em Brasília.
Até a data de sua posse, até mesmo o Supremo Tribunal Federal não tinha uma representante do sexo feminino no seu colegiado. Cnea permaneceu no TST até 2 de março de 1999 quando completou 70 anos e deixou o serviço ativo da magistratura. Naquela época, a Constituição estabelecia a idade-limite de 70 anos para permanecer no tribunal. Atualmente o limite é de 75 anos. Logo após a aposentadoria de Cnea Cirmini, o então presidente Fernando Henrique Cardoso nomeava a segunda mulher para compor um tribunal superior: a baiana Eliana Calmon assumiu no STJ no dia 30 de junho de 1999.
Seguem as nomeações :
A carioca Cnea Cimini, nomeada pelo presidente José Sarney para o TST, foi a primeira mulher a ocupar uma vaga nos tribunais de cúpula de Brasília.
A baiana Eliana Calmon, nomeada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso , foi a primeira mulher a ocupar uma vaga de ministra no STJ.
A carioca Ellen Gracie, nomeada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, foi a primeira mulher indicada para o STF e também a primeira mulher a ocupar a presidência da Corte.
A goiana Laurita Vaz, nomeada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, foi a primeira mulher a assumir a presidência do STJ.
A mineira Cármen Lúcia, nomeada pelo presidente Lula para o STF, foi a primeira mulher a ocupar a presidência do TSE.
A mineira Maria Elizabeth Guimarães, nomeada pelo presidente Lula, foi a primeira mulher a assumir uma vaga no STM e também a primeira mulher a assumir a presidência do tribunal militar.