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Casa da Mulher Brasileira

“Receber um defensor dos direitos humanos como o ministro Barroso, uma pessoa afável, simpática e de alma leve, e ouvir dele que uma das melhores coisas que fez no ano foi visitar a Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande e ver o trabalho aqui prestado, bem como os projetos da Coordenadoria da Mulher, do Tribunal de Justiça, nos enche de orgulho!”.

A afirmação é da juíza Jacqueline Machado, que responde pela coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar de MS, que convidou e recebeu o ministro Luis Roberto Barroso, integrante do STF e do TSE.

Barroso descobriu que a Casa da Mulher Brasileira de MS é a única que funciona 24 horas no país, e atende mensalmente em torno de 1.300 mulheres, sendo a maioria de Campo Grande. Dos atendimentos, mais de 600 são referentes à violência doméstica e, pelo menos, 50% desse montante refere-se a violência psicológica.

“Muito importante o trabalho realizado em MS, mas estou impressionado com o número de casos envolvendo violência doméstica aqui. Vocês conseguem perceber se existe redução da violência? Existem denúncias falsas? Existem mais Casas como essas no Brasil? ”, questionou o ministro.

A juíza falou um pouco sobre a escalada da violência, explicou que o que se percebe é uma redução na gravidade das agressões e não na quantidade de casos; relatou que, muitas vezes, os homens agressores têm muitos boletins de ocorrência registrados contra eles, falou sobre o trabalho realizado com os grupos reflexivos, sobre os programas desenvolvidos pela Coordenadoria da Mulher e do apoio recebido do presidente do TJMS, Des. Divoncir Schreiner Maran.

O ministro visitou todas as dependências da Casa da Mulher Brasileira, inclusive as celas onde ficam os abusadores presos enquanto aguardam serem encaminhados para locais adequados, e cumprimentou cada uma das pessoas que trabalham no local.