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Documentos históricos

Com objetivo de assegurar a memória documental do estado, o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), por meio da Corregedoria Geral, em cooperação com o Cartório Jucá Cruz, deu início ao processo de digitalização de documentos antigos que se encontram nos cartórios das comarcas do estado.

O trabalho começou pelo cartório da Comarca de Mazagão, que guarda arquivos da origem da vila, fundada em 1770, quando cerca de 114 famílias oriundas da costa africana, da então possessão portuguesa de Mazagão, em Marrocos, foram transferidas, juntamente com seus escravos, para a Nova Mazagão, às margens do rio Mutuacá, no Amapá.

Da herança colonial, a equipe da Corregedoria do TJAP conseguiu encontrar uma escritura pública datada de 03 de fevereiro de 1857. “O detalhe é que o livro é de numero 03, isso significa que pode existir o número 02 e o 01 com relatos ainda mais antigos. Isso precisa ser melhor guardado”, afirmou Rildo Lobato, assessor jurídico e responsável pela Coordenadoria de Gestão Extrajudicial (COGEX) da Corregedoria geral do TJAP.

Em nome da Associação dos Notários e Registradores do Estado do Amapá – ANOREG-AP, representada pelo tabelião do cartório Jucá Cruz, Francisco Erionaldo, o cartório de Mazagão ganhou uma máquina de digitalização para transformar o que está no processo físico, para a plataforma digital. “Se essas informações continuarem nos livros físicos, a história do Estado, a identidade das pessoas, correm o risco de se perder ou se degradar ao longo dos anos”, exemplificou Francisco.