Em 14 de outubro de 1964, o Prêmio Nobel da Paz foi concedido ao líder anti-racista Martin Luther King por sua defesa dos direitos civis e sua liderança na resistência pacífica pelo fim do preconceito racial nos Estados Unidos. Com apenas 35 anos de idade, ele se tornou a pessoa mais jovem a receber o prêmio.
Nascido em Atlanta, em 15 de janeiro de 1929, Martin Luther King viveu em uma sociedade racista e o seu protagonismo foi decisivo para a declaração de inconstitucionalidade da segregação racial dos negros nos EUA. Ele liderou o movimento a favor dos direitos civis da população negra americana na década de Após o episódio da prisão de Rosa Parks, em 1955, uma mulher negra que se recusou a ceder seu lugar em um ônibus para uma mulher branca, Martin Luther King convenceu os negros a boicotar o sistema de transportes da cidade de Montgomery, no Alabama. Durante a campanha de 381 dias, co-liderada por King, muitas ameaças foram feitas contra ele. King chegou a ser preso e teve sua casa atacada. O boicote foi encerrado com a decisão da Suprema Corte americana de proibir a discriminação racial no transporte público.
King também organizou marchas para conseguir o direito ao voto, além de outros direitos civis básicos, bem como o fim da segregação e das discriminações no trabalho. Em 1963, realizou um dos discursos mais marcantes da história: o famoso “I have a dream”, “Eu tenho um sonho”, em frente ao Memorial Lincoln em Washington. A sua batalha por esses direitos resultou na criação da Lei de Direitos Civis (1964) e da Lei de Direitos Eleitorais (1965) nos EUA
King era odiado por muitos segregacionistas do sul. Em 4 de abril de 1968 foi morto por um atirador momentos antes de uma marcha, em um hotel de Memphis. Em 1986 foi instituído pelo Congresso americano um feriado nacional em sua homenagem, na terceira segunda-feira de janeiro, e foi fundado o Martin Luther King Jr, Research and Education Institute, com a missão de manter vivos os ideais de King para as futuras gerações.