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“O Senhor Tv”

O jornalista e executivo de telecomunicações, Flávio Cavalcanti Jr terminou o livro sobre o pai, o saudoso apresentador de televisão, Flávio Cavalcanti. O livro, denominado de “O Senhor Tv”, encontra-se no momento sendo examinado em todos os seus detalhes pelos editores da Matrix. O lançamento, segundo o autor, deverá ocorrer ainda durante a temporada do verão deste ano.

Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti nasceu no Rio de Janeiro em 15 de janeiro de 1923, vindo a falecer em São Paulo no dia 26 de maio de 1986 aos 63 anos. Atuou como jornalista, repórter, apresentador de rádio e televisão e compositor brasileiro. Um dos mais famosos comunicadores brasileiros, fez sucesso no comando de alguns programas de rádio e televisão nas décadas de 1960 e 1970, como o Programa Flávio Cavalcanti, Um instante, maestro! e A Grande Chance.

Flávio trabalhou no Banco do Brasil aos 22 anos, e no mesmo período de tempo, como repórter do jornal carioca A Manhã. Esteve nos Estados Unidos e entrevistou o presidente Kennedy, na Casa Branca. Entrou para a televisão e tinha estilo tão marcante que marcou época, pois, entre outras coisas, criou o primeiro júri da televisão brasileira. Chiquinho Scarpa, Jorge Kajuru e Conrado (marido da ex-paquita Andreia Sorvetão) já foram jurados dele. Começou também a compor e influiu muito nas tendências musicais. Artistas que depois se tornaram consagrados começaram com Flávio Cavalcanti.

Na década de 70, todos os domingos, às 18h, uma voz em off anunciava: “Entra no ar via Embratel, para todo o Brasil, pela Rede Tupi de Televisão, o Programa Flávio Cavalcante”. A chamada marcava o início de um dos programas mais polêmicos da televisão brasileira e líder de audiência, comandado pelo jornalista e apresentador. Foi o primeiro programa a ser exibido para todo o país, utilizando o canal da Embratel.

Seu estilo era contundente. Letras medíocres e músicas fracas iam para o lixo. Literalmente, quebrava os discos e jogava fora. Ele criou gestos marcantes, como a mão direita estendida para o alto e a frase: “Nossos comerciais, por favor!”, ao pedir o intervalo. O “tira-bota” dos óculos também foi marcante. Em 1973, teve seu programa na Rede Tupi suspenso por 60 dias pela Censura Federal, após apresentar a história de um homem inválido que teria “emprestado” a mulher ao vizinho, fato que culminou uma história de problemas anteriores com o conteúdo do programa.

Flávio ficou na Tupi até o fechamento da emissora, em 1980. Em 1982, foi para a Rede Bandeirantes apresentar o programa Boa Noite, Brasil. De 1983 a 1986, fez no SBT o Programa Flávio Cavalcanti. Por seus programas passaram nomes consagrados, como: Oswaldo Sargentelli, Marisa Urban, Erlon Chaves, Márcia de Windsor, entre outros. Inteligente, brilhante, inquieto, como bem mostra sua biografia, o carioca Flávio Cavalcanti, porém, teve uma vida familiar tranquila. Casou-se com dona Belinha e teve três filhos, sendo o filho que levava seu nome, Flávio Jr., um executivo de telecomunicações.

No dia 22 de maio de 1986, Flávio Cavalcanti fez uma rápida entrevista em seu programa e jogou o dedo indicador para o alto: “Nossos comerciais, por favor!” Após o intervalo, quem estava lá já não era ele, e sim Wagner Montes, anunciando que Flávio voltaria no próximo programa, o que não ocorreu. Flávio tinha sofrido uma Isquemia miocárdica aguda durante a apresentação do programa. Levado para o hospital, ele morreria quatro dias depois. No dia da sua morte, o SBT ficou fora do ar o dia inteiro em sinal de luto, apenas rodando um slide com os dizeres: “Estamos tristes com a morte do nosso colega Flávio Cavalcanti, que será sepultado hoje, em Petrópolis, às 16 horas, quando então voltaremos com a programação normal.” A emissora voltou ao ar após as 16h, quando o corpo do apresentador foi sepultado. ( Wikipedia )