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Juízes e promotores na Guatemala

O secretário-geral da ONU, António Guterrez, expressou sua “preocupação” com recentes relatos sobre as ações do sistema de justiça guatemalteco contra promotores e juízes que trabalham contra a corrupção.

Seu porta-voz, Stephane Dujarric, lembrou a “importante contribuição” de funcionários do Judiciário durante o período em que a Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala (CICIG) atuou “para combater a impunidade para erradicar a corrupção” no país e “fortalecer suas instituições”.

“Esta contribuição foi reconhecida pelas autoridades guatemaltecas, pelos defensores dos direitos humanos e pela comunidade internacional”, disse o porta-voz.

O secretário-geral da ONU celebrou um convite feito pelo procurador-geral em 16 de fevereiro para que o Relator Especial sobre a Independência de Juízes e Advogados visite o país.

As prisões, há um mês, de cinco membros da Promotoria Especial Contra a Impunidade (FECI) e de um representante da extinta CICIG, patrocinada pelas Nações Unidas, dispararam alarmes.

Para muitos, as detenções são uma “vingança” contra aqueles que lutam contra a corrupção, mas o Ministério Público nega.

A promotora que ordenou essas prisões, Consuelo Porras, foi incluída por Washington em uma lista de “atores corruptos”. (Estado de Minas/AFP)