Se fosse vivo um dos maiores craques de futebol do país, Geraldo Cleofas Dias Alves completaria amanhã (16/04) 68 anos. Nascido em Barão de Cocais, Minas Gerais, Geraldo Assobiador, como era conhecido, morreu precocemente aos 22 anos quando era titular absoluto do Clube de Regatas do Flamengo, ao lado do maior ídolo do clube, Zico, após uma cirurgia de amígdalas, em um hospital na zona sul do Rio de Janeiro. O seu melhor amigo, o craque Carlos Alberto Pintinho, do Fluminense, vive há 40 anos em Sevilha, na Espanha.
Considerado por torcedores do mundo jurídico – juízes, promotores e advogados uma das maiores revelações do futebol brasileiro nos anos 70, Geraldo era conhecido pelo seu excepcional controle de bola, visão de jogo e o futebol alegre. Por jogar cantarolando, ganhou o apelido de “assoviador”. Sua morte prematura causou comoção no país. Principalmente entre os companheiros de profissão. Por conta disso, dias após sua morte, Geraldo foi homenageado com a disputa entre Flamengo e Seleção Brasileira de uma Taça que levou seu nome, com o objetivo de arrecadar dinheiro para sua família.
Contemporâneo de Zico, Geraldo começou sua carreira nas divisões de base do Flamengo no final dos anos sessenta, e morava nas dependências do clube, no “Morro da Viúva”. O treinador Mário Jorge Lobo Zagallo descobriu seu futebol em um dos treinos do juvenil e levou o garoto “assoviador” para treinar no elenco principal do Flamengo. Com o clube, foi campeão da Taça Guanabara de 1973 e campeão carioca de 1974.
Segundo o Almanaque do Flamengo, Geraldo disputou 168 jogos com a camisa rubro-negra (94 vitórias, 40 empates, 34 derrotas) e marcou 13 gols. Geraldo estreou na seleção brasileira na Copa América de 1975. Ao todo, fez sete jogos com a camisa amarela do Brasil.