A partir de amanhã (11.05) Ricardo Lewandowski cumpre o seu último ano como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Nascido no Rio de Janeiro, Lewandowski completa hoje 74 anos e, de acordo com a Constituição vigente no país, no próximo ano, quando fará 75 anos, terá que pendurar obrigatoriamente a toga por atingir a idade-limite permitida para permanecer no serviço ativo.
Lewandowski, nomeado pelo então presidente Lula na vaga do seu colega Carlos Mário Velloso, está no STF desde março de 2006, tendo presidido a Corte entre 2014 e 2016. A sua indicação foi recomendada pelo falecido ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos e recebeu o apoio da então primeira dama Marisa Letícia, amiga de longa data família Lewandowski.Ele exerceu também a função de presidente Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e também do Senado Federal para fins do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Bacharel em ciências pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (1973), é mestre (1980) e doutor (1982) pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, além de mestre (1981) em relações internacionais pela The Fletcher School of Law and Diplomacy, da Tufts University, nos Estados Unidos. Desde 2003 é professor titular de teoria geral do Estado no Departamento de Direito do Estado da Universidade de São Paulo. Leciona nesta universidade desde 1978, quando ingressou como docente voluntário, tendo chefiado o Departamento de Direito do Estado e coordenado o curso de mestrado em Direito Humanos nesta faculdade.[6] É professor dos cursos de Mestrado e Doutorado do Centro Universitário de Brasília – CEUB.
Lewandowski não se tornou juiz por concurso, mas pelo quinto constitucional, ingressando no Poder Judiciário em 11 de setembro de 1990 ao ser escolhido pelo então governador paulista Orestes Quércia, após indicação pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para compor o Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo, cargo que ocupou até 6 de março de 1997, quando foi promovido pelo critério de merecimento ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.
É filho de pai polonês e mãe suíça, que imigraram para o Brasil depois da Segunda Guerra Mundial.