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Estefânia e Patrícia, nomes fortes para presidir OAB Nacional

Mais dois nomes de advogadas – a potiguar Estefânia Ferreira de Souza Viveiros e a chilena Maria Patricia Vanzolini Figueiredo – surgem no cenário como fortes candidatas a presidir o Conselho Federal da Ordem dos Advogados (OAB) na próxima gestão. As duas advogadas tem algo em comum: Estefânia foi a primeira – e única até agora -mulher a presidir a Seccional da OAB do Distrito Federal ( dois mandatos) e Patricia a primeira mulher a comandar a mais importante Seccional da entidade em toda a sua história. Ao longo de sua rica história, a OAB Nacional nunca teve uma mulher na presidência.

Estefânia Viveiros, 49 anos, é advogada formada pela Universidade de Brasília (UnB); Doutora em Direito Processual Civil pela PUC de São Paulo, Mestra em Direito Processual Civil pela Universidade Mackenzie (SP); Professora de Direito Processual Civil no UniCEUB e em pós-graduação. Foi assessora jurídica da Procuradoria da União no Distrito Federal e assessora de Ministro no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Membro da Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte (Alejur); membro do Instituto Brasileiro de Direito Processual (Ibep); membro do Instituto dos Advogados do Distrito Federal (IADF), membro da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ); membro do Comitê Interinstitucional de Supervisão das Atividades do Grupo de Trabalho Tocantins (GTT), indicada pelo Presidente da República em 2009 e primeira mulher e a mais jovem presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Distrito Federal, em 2004/2006 e 2007/2009. É autora de vários livros na área do direito.

Patricia Vanzolini, 49 anos, criminalista, formada na PUC e moradora da Vila Madalena, nasceu no Chile por circunstâncias políticas. A mãe, a psicóloga Maria Eugênia Vanzolini, mudou-se grávida para o país em 1972, durante o governo o governo de Salvador Allende. Fugia da ditadura brasileira ao lado do marido, o psicanalista Luiz Cláudio Figueredo. Opostos ao regime, eles eram perseguidos pela repressão institucionalizada no Brasil. É fundadora e diretora do Movimento 133 (M133). Possui graduação, mestrado e doutorado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Foi vice-presidente da Associação dos Advogados Criminalistas de São Paulo (ABRACRIM-SP) e sócia do escritório Brito e Vanzolini Advogados Associados. Professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie e do Damásio Educacional. Autora de obras como “Manual de Direito Penal”, pela editora Saraiva, e a mais recente “Teoria da Pena: Sacrifício, Vingança e Direito Penal”, publicada pela editora Tirant Brasil, entre outras.Patricia e o marido, o também advogado Alexis Couto de Brito, são pais de duas meninas, uma delas uma criança negra adotada.

Estefânia Viveiros tem o apoio incondicional do atual governador do Distrito Federal e ex-presidente da Seccional do DF da OAB, Ibaneis Rocha. Fundada em 1932, a OAB-SP tem 350 000 filiados e orçamento anual próximo a 400 milhões de reais. Durante a campanha, Patricia evitou as querelas da política nacional. Defendeu a ideia de que a OAB permanecesse em “estado de neutralidade”.Um personagem de quem se esperaria cordialidade pela vitória, porém, não a cumprimentou: Felipe Santa Cruz, na época presidente da OAB nacional.