No dia 7 de junho de 1982 – há quarenta anos – o Boeing 727-200 da Vasp decola do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, pouco depois das 22 horas. Cerca de uma hora depois, o avião aterrissa no Aeroporto Galeão, no Rio de Janeiro, para cumprir a única escala do vôo com destino a Fortaleza (CE). Ao se aproximar de Fortaleza, já no dia 8 de junho, uma terça-feira, o Boeing 727-200 iniciou sua descida antes da devida aproximação com o aeroporto Pinto Martins.
A 5.800 pés (cerca de 1.933 metros) soa o primeiro sinal de alerta de altitude. A aeronave continua descendo e a 2.300 pés (cerca de 767 metros) vem o segundo aviso. A 1.500 pés (cerca de 500 metros) o avião choca-se com a serra da Aratanha. Num procedimento correto, a aeronave só teria chegado à altitude de 1.500 pés quando atingisse o perímetro urbano de Fortaleza, mais de 30 quilômetros depois do local do acidente. A razão do acidente foi um erro do piloto. Autorizado a descer até o nível mínimo de segurança de 5.000 pés, o ele ignorou a determinação. O piloto também teria sido alertado pelo co-piloto sobre a existência de morros na região e ainda assim continuou descendo. Chocou-se a 1.500 pés, numa velocidade de 530 km/h.
Naquela manhã do dia 8 de junho de 1982, um denso nevoeiro cobria toda extensão da Serra da Aratanha, em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza, enquanto caía uma forte neblina na área. Por volta das 2h45min da madrugada um Boeing da Vasp, vindo de São Paulo, com conexão no Rio de Janeiro, havia se chocado contra um topo da serra, matando todos os seus ocupantes, entre eles o empresário Edson Queiroz.
FICHA TÉCNICA
ACIDENTE
Data e hora: 8/6/1982 02h45min
Lugar: Serra de Aratanha – Pacatuba (CE)
Empresa: Vasp
Vôo: 168
Pessoas à bordo: 137 (9 tripulantes e 128 passageiros)
AERONAVE
Aeronave: Boeing 727-200
Prefixo: PP-SRK
Comprimento: 32,91 m
Envergadura: 46,69 m
Peso: 86,6 toneladas (vazio)
Capacidade: 148 a 189 pessoas