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Voto feminino na Dinamarca

O direito ao voto foi uma das maiores conquistas das mulheres em sua luta por igualdade de gênero. A Dinamarca foi um dos países pioneiros a permitir o sufrágio feminino nas eleições federais. A lei que autorizou o voto feminino na Dinamarca nas eleições federais foi aprovada em 5 de junho de 1915. A conquista foi um desdobramento da lei que em 1908 concedeu às mulheres dinamarquesas o direito de participar de eleições municipais.

Uma das figuras mais ativas na luta sufragista do país foi Theodora Frederikke Marie Daugaard-Jensen, mais conhecida como Thora Daugaard. Em 1908, ela trabalhou como editora assistente do jornal sufragista mais antigo da Dinamarca, o Kvinden af samfundet (Mulheres da Sociedade, em dinamarquês). Ela também foi coordenadora da maior associação feminina da época, a Dansk kvinden samfund valgretsforbund (Mulheres da sociedade dinamarquesa pelo sufrágio, em dinamarquês), que durou de 1909 a 1911. Jornalista, Thora escreveu artigos para jornais da Dinamarca e do mundo e ministrou mais de 42 palestras no Reino Unido sobre o sufrágio feminino.

No dia em que o voto federal foi aprovado, Thora organizou uma grande passeata. Em um discurso ela falou sobre a necessidade de união entre as mulheres. “Eu pertenço à gama de mulheres que se uniram ao exército sufragista quando a estrada já havia sido aberta por pioneiras. Em nosso futuro trabalho como cidadãs políticas devemos lembrar que somos um elo em uma corrente de mulheres por todo o mundo que trabalha por um status de igualdade em todas as questões entre homens e mulheres”.

A Dinamarca é um país escandinavo que abrange a península Jutlândia e várias ilhas. A nação é ligada à Suécia pela Ponte do Øresund. Copenhague, sua capital, abriga palácios reais e o colorido porto de Nyhavn, além do parque de diversões Tivoli e da estátua de “A Pequena Sereia”.