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Aumento de 400 % da violência física entre crianças e adolescentes

Ciclos de palestras envolvendo os pais, criação de um centro de assistência à saúde da criança e do adolescente, fortalecer a comunicação entre as escolas e os conselhos tutelares e criar ações com foco na saúde emocional de pais, alunos e professores foram algumas das sugestões apontadas por participantes da Audiência Pública realizada pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO). O encontro teve a finalidade de discutir medidas para o enfrentamento do crescente aumento da violência nas escolas públicas e privadas da rede estadual e municipal de ensino de Palmas.

A audiência realizada no auditório da sede da Procuradoria-Geral de Justiça foi conduzida pelo promotor de Justiça Benedicto Guedes, que atua na área da educação regional e destacou a importância do evento para a atuação da promotoria. “Precisamos entender o que está acontecendo com os nossos estudantes e não vamos conseguir isso com ações isoladas, o enfrentamento à violência no ambiente escolar é um caminho coletivo”, frisou.

Promotor de Justiça na área da infância e Juventude, André Ricardo Carvalho também participou do evento. Apresentou dados que sugerem um aumento de 400% na violência física entre crianças e adolescente e mais de 200% na violência psicológica. Para ele, este é um problema que não se limita ao ensino público ou privado, ou a faixas etárias específicas, atinge a todos dentro e fora dos muros escolares e precisa ser enfrentado para além de ser uma questão de segurança pública, mas como um reflexo atual da nossa sociedade.

Tocantins possui hoje 496 escolas, com mais de 149 mil estudantes e mais de 15 mil servidores. Uma parte expressiva da sociedade que está se readaptando socialmente. “Temos quatro pilares importantes na educação: o aprender a ser, o aprender a fazer, o aprender a conhecer e o aprender a conviver. Antes da pandemia, este último não era nossa preocupação. Era simples conviver. Depois do isolamento que passamos, este tem sido um desafio principalmente para nossas crianças e adolescentes”, destacou.