Do presidente da Comissão de Precatórios da OAB Nacional no período 2019/2022 e da Comissão de Precatórios da OAB do Rio de Janeiro, Eduardo Souza Gouvêa:
“A luta de décadas de uma família para ter seus direitos honrados pelo Judiciário foi tema de uma coluna do jornalista Ruy Castro no jornal Folha de S.Paulo. Sou advogado de Rachel Oliveira, de 35 anos, da quarta geração da família que espera por indenização referente a um terreno de 12 mil metros quadrados do seu bisavô, desapropriado em 1957 para a construção de Brasília. Como destaca o autor, a causa foi vencida em 1980, mas até hoje o valor da indenização é contestado no Judiciário: “três gerações dessa família já morreram e o dinheiro ainda não saiu. […] E ainda querem descontar R$ 55 mil, referentes ao custo da última perícia. Mais um pouco e a família ficará devendo a eles.” O jornalista conta ainda um caso de sua própria família envolvendo terrenos no Distrito Federal, que não contarei aqui para evitar dar #spoiler, mas, como ele diz, “acontece muito em Brasília. As pessoas compram uma coisa e depois percebem que foram tapeadas”.