Homenagem ao meu amigo tricolor das Laranjeiras, advogado José Mário Porto, ex-presidente da OAB da Paraíba, e ao advogado Geilson Salomao Leite, Corinthians roxo e natural de Patos (PB):
Fundada em 1585, João Pessoa já nasceu cidade. Sem nunca ter passado pela designação de vila, povoado ou aldeia, visto que foi fundada pela Cúpula da Fazenda Real, uma capitania da Coroa, é considerada a terceira cidade mais antiga do Brasil
No início da colonização, quando a colônia brasileira foi dividida em capitanias hereditárias, grande parte do atual território paraibano situava-se na então capitania de Itamaracá, sob o domínio de Pero Lopes de Sousa. Posteriormente esta capitania foi desmembrada, dando origem à capitania da Paraíba (Sampaio, 1980). João Pessoa foi criada durante o antigo sistema colonial para exercer funções administrativas e comerciais, tomando forma a partir de uma colina à margem direita do Rio Sanhauá.
A cidade de João Pessoa teve vários nomes antes da atual denominação. Primeiro foi chamada de Nossa Senhora das Neves, em 05 de agosto de 1585, em homenagem ao santo do dia em que foi fundada. Depois foi chamada de Filipéia de Nossa Senhora das Neves, em 29 de outubro de 1585, em atenção ao rei da Espanha D. Felipe II, quando Portugal passou ao domínio Espanhol.
Em seguida recebeu o nome de Frederikstadt (Frederica), em 26 de dezembro de 1634, por ocasião da sua conquista pelos holandeses, em homenagem a sua alteza, o Príncipe Orange, Frederico Henrique. Novamente mudou de nome, desta vez passando a chamar-se Parahyba, em 1 de fevereiro de 1654, com o retorno ao domínio português, recebendo a mesma denominação que teve a capitania, depois a província e por último o Estado.
Em 4 de setembro de 1930, finalmente recebeu o nome de João Pessoa, homenagem prestada ao Presidente do Estado assassinado em Recife por ter negado apoio ao Dr. Júlio Prestes, candidato oficial à Presidência da República, nas eleições de 1930.
A primeira capela da cidade foi erguida onde hoje se situa a catedral metropolitana. Datando do início da colonização, a mesma foi construída para o culto a Nossa Senhora das Neves, padroeira da cidade. Os holandeses, atraídos pela riqueza do açúcar, invadiram a cidade em 1634, passando ela a chamar-se Frederistadt. Assim permaneceu durante 20 anos. Registros históricos afirmam que a cidade abrigava aproximadamente 1.500 habitantes e 18 engenhos de açúcar na época desta invasão.
Em 1808, a cidade possuía três mil moradores, cinco ermidas, uma matriz, três conventos, uma igreja misericórdia com seu hospital. Por sua vez, em 1859 já contava com cerca de 25 mil. Até o início do século XIX, a cidade era habitada praticamente por militares, administradores e religiosos. No entanto, com a ampliação do comércio brasileiro em geral, João Pessoa, bem como todo o litoral brasileiro, teve seu povoamento acelerado.
Na parte baixa da cidade, encontravam-se os prédios da alfândega, os armazéns do porto e as casas comerciais (estes prédios ainda hoje podem ser vistos, embora em ruínas). Já na parte alta localizavam-se as construções administrativas, religiosas e os prédios residenciais de padrão alto.