O promotor de justiça do Meio Ambiente, Marcelo Moreira, participou de audiência pública “Desafios Ambientais do Distrito do Bailique e estratégias conjuntas para seu enfrentamento”, no plenário da Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP). No evento foram apresentadas soluções tecnológicas ambientais para resolver problemas como a dessalinização das águas do arquipélago e a erosão.
Moradores do arquipélago do Bailique, composto de oito ilhas, autoridades federais e estaduais, pesquisadores, ambientalistas e parlamentares estaduais e municipais acompanharam a audiência na qual as lideranças foram ouvidas. Os principais problemas apresentados são relacionados à erosão e salinização, porém, a situação da educação, saúde, segurança, energia e fornecimento de água também foi debatida. Bailique é um distrito de Macapá formado por 52 ilhas, distante 12 horas, de embarcação, da capital.
Os moradores relataram a situação de abandono em que vivem. “As terras caídas e água salgada são dois grandes problemas no Bailique, mas temos muitos outros, como estrutura e funcionamento das escolas, falta de atendimento médico nas Unidades de Saúde, insegurança, hoje temos apenas uma base da Polícia Militar, e fornecimento de energia, que inviabiliza as principais atividades comerciais, que são a pesca, camarão, açaí, óleos vegetais e plantas medicinais”, elencaram as lideranças.
Os pesquisadores do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA) apresentaram dados e pesquisas sobre a situação da salinização e erosão. Os pesquisadores Orleno Marques e Marcelo Carim expuseram o estudo “Mudanças e Impactos Socioeconômicos no Arquipélago do Bailique – Estuário do Rio Amazonas, e a pesquisadora Valdenira Santos, o “Vulnerabilidade e Riscos na Região do Bailique”.