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Rita Lee: “rainha do rock, sua obra e legado serão eternos”

Do ex-presidente da OAB do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous, ao comentar hoje (09.05) a morte da cantora e compositora Rita Lee, a rainha do rock brasileiro: “perdemos hoje uma das maiores artistas do país, ícone da música e inspiração para diferentes gerações. Rita Lee, rainha do rock, sua obra e legado serão eternos”.

A família da cantora divulgou hoje um comunicado nas redes sociais dela: “Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”. O velório será aberto ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera.

Rita Lee Jones de Carvalho nasceu em São Paulo no dia 31 de dezembro de 1947. Conhecida como Rita Lee, foi uma cantora, compositora, multi-instrumentista, atriz, escritora e ativista brasileira. É conhecida como a “Rainha do rock brasileiro”. Rita alcançou a marca de 55 milhões de discos vendidos, sendo a quarta artista mais bem-sucedida neste sentido no Brasil, atrás de Tonico & Tinoco, Roberto Carlos e Nelson Gonçalves.

Rita foi uma das mulheres mais influentes do Brasil, sendo referência para aqueles que vieram a usar guitarra a partir de meados dos anos 1970. Ex-integrante do grupo Os Mutantes (1966–1972) e do Tutti Frutti (1973–1978), participou de importantes revoluções no mundo da música e da sociedade. Suas canções, em geral regadas com uma ironia ácida ou com uma reivindicação da independência feminina, tornaram-se onipresentes nas paradas de sucesso, sendo as mais populares “Ovelha Negra”, “Mania de Você”, “Lança Perfume”, “Agora Só Falta Você”, “Baila Comigo”, “Banho de Espuma”, “Desculpe o Auê”, “Erva Venenosa”, “Amor e Sexo”, “Reza”, “Menino Bonito”, “Flagra” e “Doce Vampiro”, dentre outras. O álbum Fruto Proibido (1975), lançado com a banda Tutti Frutti, é comumente visto como um marco fundamental na história do rock brasileiro, considerado por alguns como sua obra-prima.

Nascida na véspera de Ano-Novo, em uma família de classe média paulistana, Rita era a filha mais nova do dentista Charles Fenley Jones (1904–1983), paulista descendente de imigrantes norte-americanos confederados do Alabama e do Tennessee estabelecidos em Santa Bárbara d’Oeste, e de Romilda Padula (1904–1986), também paulista, filha de imigrantes italianos da região do Molise, no sul da Itália. Seus pais tinham outras duas filhas: Mary Lee Jones e Virgínia Lee Jones. “Lee” é um nome composto com que o pai quis registrar todas as filhas, em homenagem ao general Robert E. Lee, do exército confederado norte-americano. Originalmente, seu primeiro nome era planejado para ser Bárbara, em homenagem à santa, mas na hora do batizado resolveram homenagear a avó materna, que se chamava Clorinda, mas tinha o apelido de Rita.

Rita nasceu e cresceu no bairro da Vila Mariana, onde viveu até o nascimento de seu primeiro filho. Em entrevistas, revelou que esse bairro lhe é especial, já que lá tem uma grande parte de todas as melhores lembranças de sua vida. A artista foi educada no colégio franco-brasileiro Liceu Pasteur; é poliglota, e falava fluentemente português — sua língua materna — inglês, francês, castelhano e italiano. Chegou a ingressar no curso de Comunicação Social na Universidade de São Paulo, em 1968, na mesma turma da atriz Regina Duarte. Assim como Regina, Rita abandonou o curso no ano seguinte.