Direito Global
blog

Briga na justiça de guloseima das praias do Rio

O Biscoito Globo, popular guloseima das praias cariocas, está no centro de uma disputa judicial entre os sócios e herdeiros da Panificadora Mandarino – que desde a década de 1950 produz os polvilhos – e a viúva e a filha de um dos fundadores, João Ponce, que morreu em 2015.

O juiz Diego Isaac Nigri, da 2ª Vara de Família da Comarca Regional da Barra da Tijuca, determinou a penhora de metade do valor dos honorários do perito judicial das contas da panificadora, pois a empresa não teria, segundo a decisão, feito o depósito da parte que lhe cabia no pagamento.

Para as herdeiras de João, os sócios remanescentes apresentaram um “balanço irreal” na atribuição de cotas a que cada um teria direito. Quando o processo foi iniciado, diz a advogada Mariana Zonenschein, que representa Roberta e a filha, os 25% da empresa que caberiam a elas foi calculado em R$ 90 mil.

Uma das iguarias mais famosas das praias cariocas é o famoso biscoito Globo. Vendido em pacotes, ele faz muito sucesso no dia a dia dos cariocas, mas muita gente não sabe que ele tem origem em São Paulo.

Os famosos biscoitos de polvilho Globo são uma invenção do espanhol Milton Ponce, que morava no bairro do Ipiranga (onde o biscoito foi criado).

Conta a história que o espanhol foi participar de um congresso eucarístico no Rio de Janeiro, em 1955, e levou alguns exemplares de sua receita. Em solo carioca, vendeu muito mais do que o esperado e, vendo uma oportunidade única de negócio, se mudou para lá e abriu uma fábrica no bairro de Botafogo.

Vale dizer que, na época, seu biscoito chamava Biscoitos Felipe e, ao chegar no Rio, mudou a marca para Biscoito Globo. Segundo notícias da época, não existia a emissora naquela época, apenas o jornal O Globo.

A moda pegou e o biscoito passou a ser vendido em vários lugares: de mercados às praias, onde fez o maior sucesso e se tornou um símbolo do estado do Rio de Janeiro.