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O samba enredo preferido de Reginaldo de Castro

O saudoso advogado Reginaldo Oscar de Castro amava um samba enredo das escolas de samba do Rio de Janeiro. Segundo sua filha Marcela, Reginaldo estava “sempre atento aos sambas enredo, em todos os anos da sua vida”. O samba que ele mais gostava e sabia a letra inteira era “Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós”, da escola Imperatriz Leopoldinense. Foi um samba composto por Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir para o carnaval de 1989. O desfile teve assinatura do carnavalesco Max Lopes e foi interpretado por Dominguinhos do Estácio. A Imperatriz Leopoldinense foi a campeã com este samba, muitas vezes considerado o melhor da história do carnaval carioca. Em eleição no Domingão do Faustão, o samba foi eleito o melhor de todos os tempos. Também foi tema da novela Lado a Lado. O samba foi uma homenagem aos cem anos da república no Brasil. O título do samba é uma citação ao refrão do Hino da Proclamação da República. Esse samba fala sobre a abolição da escravidão, mencionando a lei áurea assinada pela Princesa Isabel.

Liberdade!, Liberdade!
Abre as asas sobre nós
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz;
Liberdade!, Liberdade!
Abre as asas sobre nós
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz;
Vem, vem reviver comigo amor
O centenário em poesia
Nesta pátria mãe querida
O império decadente, muito rico incoerente
Era fidalguia e por isso que surgem
Surgem os tamborins, vem emoção
A bateria vem, no pique da canção
E a nobreza enfeita o luxo do salão,
Vem viver
Vem viver o sonho que sonhei
Ao longe faz-se ouvir
Tem verde e branco por aí
Brilhando na Sapucaí e da guerra
Da guerra nunca mais
Esqueceremos do patrono, o duque imortal
A imigração floriu, de cultura o Brasil
A música encanta, e o povo canta assim e da princesa
Pra Isabel a heroína, que assinou a lei divina
Negro dançou, comemorou, o fim da sina
Na noite quinze e reluzente
Com a bravura, finalmente
O Marechal que proclamou foi presidente
Liberdade!, Liberdade!
Abre as asas sobre nós
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz,
Liberdade!, Liberdade!
Abre as asas sobre nós
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz
Vem, vem reviver comigo amor
O centenário em poesia
Nesta pátria mãe querida
O império decadente, muito rico incoerente
Era fidalguia e por isso que surgem
Surgem os tamborins, vem emoção
A bateria vem, no pique da canção
E a nobreza enfeita o luxo do salão,
Vem viver