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Na Conferência da OAB em 2002 Lula já pregava reforma tributária

O Centro de Convenções da Bahia, localizado no Costa Azul, em Salvador, pode ter mais um capítulo na sua história. Marcado pela execução de grandes eventos, o espaço pode ser demolido em breve pela gestão estadual, tendo a área disponibilizada para venda. Segundo integrantes d a cúpula da gestão estadual o governador já teria analisado de forma positiva para a demolição, aguardando apenas o aval da procuradoria geral do estado.

Na noite do dia 11 de novembro de 2002, portanto há 21 anos, houve a cerimônia de abertura da XVIII Conferência Nacional dos Advogados, justamente no Centro de Convenções que o governo da Bahia vai demolir ainda este ano ou no início de 2024. Foi a última vez que Lula prestigiou uma Conferencia Nacional da OAB.

Em sua saudação aos advogados, o então presidente eleito da República – primeiro mandato – afirmou na ocasião que a sua relação pessoal, afetiva e política com a Ordem dos Advogados do Brasil era antiga. ” Nós e a OAB temos estado, há quase trinta anos, lado a lado na luta pela democracia e pela justiça no país”.

– Em homenagem a essa trajetória, marcada por importantes vitórias, que fiz questão de vir à Ordem dos Advogados do Brasil como presidente eleito da República. Aqui estou, como estive duas vezes durante a campanha, nesta sessão solene de abertura da XVIII Conferência Nacional da OAB, para reafirmar meu compromisso com o Estado de Direito, com a liberdade, com a democracia, com a ética na política e com a participação popular.

Lula prometeu em sua saudação aos advogados em 2002 desenvolver uma frente de luta imediata do emprego. “Cerca de 12 milhões de compatriotas encontram-se hoje sem aquele que é o suporte fundamental da dignidade humana: o direito de trabalhar para sustentar a si e à sua família. Não há política compensatória que possa gerar no trabalhador a auto-estima que dá o salário ganho honestamente”.

Dias antes de assumir pela primeira vez o comando do país, Lula defendia uma reforma tributária. Disse ele no Congresso da OAB em 2002 na capital baiana: ” Além de colocar o Brasil na trilha do crescimento e de redistribuir a renda, há hoje consenso sobre a necessidade de proceder a transformações de fundo em algumas áreas da vida nacional.

Em primeiro lugar, precisamos de uma reforma tributária. Não é possível continuar convivendo com a hipocrisia que poupa os sonegadores, inviabiliza as atividades produtivas e sacrifica os assalariados. Apenas quando sentarmos em torno de uma mesa de negociação todos os setores representativos da sociedade será viável desenhar uma política tributária adequada ao desenvolvimento do país.