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“Nos céus de Paris”

Por Teresa Cristina Machado, a Kity, jornalista e peregrina gaúcha, radicada há muitos anos em Brasília:

O jeito que o Alcy Cheuiche descreve o fim da impressionante vida de Santos Dumont em seu livro “Nos céus de Paris” já determinou uma agenda para minha próxima ida ao Rio de Janeiro: visitar o túmulo do nosso inventor maior no cemitério São João Batista.
O escritor gaúcho dedicou-se a uma pesquisa interessante sobre o ser humano que foi Santos Dumont, seus relacionamentos familiares, amorosos e com a família Real brasileira, especialmente a Princesa Isabel e o Conde D’Eu, que já moravam em Paris àquela altura.
Apesar de ter ido, na infância, mais de uma vez visitar a Casa de Santos Dumont em Petrópolis, levada por meus pais e, desde cedo, me encantar com a cabeça daquele homem que resolveu fazer uma escada que, obrigatoriamente, te fazia entrar na casa com o pé direito, desconhecia que a escrava que deu à luz ao inventor do avião chamava-se Ordália, como minha avó materna e eu nunca tinha ouvido falar de outra pessoa com o mesmo nome.
Além das alegres, empolgantes e tristes fases da vida do Pai da Aviação que, neste 2023, foi homenageado pelos 150 anos de seu nascimento, o texto recheado de curiosidades que o Alcy foi costurando, faz ainda mais relevante a passagem deste homem pelo mundo. Este brasileiro admirável que, desde criança, nas festas de São João no interior de Minas Gerais, tinha certeza de que homem voava, mesmo sendo caçoado por todo o resto do mundo foi um ser humano daqueles que vem para realizar … daqueles que não teme o fracasso e persevera até provar o que acredita.