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Vasco ganha na justiça contra 777

A 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou na noite de hoje o pedido do Vasco e tirou o controle da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) das mãos da 777 Partners. A decisão em caráter liminar é assinada pelo juiz Paulo Assed Estefan. O pedido do Vasco na ação que corre em segredo de Justiça se baseou no artigo 477 do Código Civil e levou em consideração as recentes notícias relacionadas à situação financeira da 777, que está sendo processada por fraude nos Estados Unidos.

Como medidas após a decisão, a Justiça suspendeu o contrato, afastou a empresa norte-americana do comando da SAF, que agora está sob comando do Vasco associativo. Também foi nomeado um auditor para conferir se todas as contas da SAF estão em dia, com os investimentos prometidos em contrato cumpridos. Neste momento, o Vasco associativo fica com 69% das ações da SAF, enquanto a 777, que comprou 70% por R$ 700 milhões, com 31%.

Isso acontece porque a 777 até o momento só investiu 31% do valor total do aporte que a levaria a ter 70% das ações. Ou seja, com a liminar, a empresa norte-americana perdeu o restante das ações para o associativo, que passa a ter o controle majoritário da SAF. Como há dúvidas em relação ao investimento, Paulo Assed Estefan, juiz responsável pela decisão, tirou essa “projeção” e o controle operacional. “Por todo o exposto, defiro a cautelar requerida e suspendo os efeitos do contrato de investimentos e do acordo de acionistas, que concedem o atual controle da Vasco da Gama Sociedade Anônima do futebol. Com isso, estão suspensos, também, os direito societários (políticos e patrimoniais) da 777 Carioca LLC e devolvido o controle da companhia ao Club de Regatas Vasco da Gama, afastando-se os conselheiros indicados pela 777 Carioca LLC do Conselho de Administração da SAF”, dizia o trecho da decisão.