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OAB contra OAB

Dirigentes de Seccionais de cinco estados – Rio de Janeiro, São Paulo, Alagoas, Ceará e Pernambuco – contrataram o escritório do advogado alagoano Nabor Bulhões para contestar no STF o juiz federal Marcelo Bretas, que autorizou a operação, e corregedor nacional da OAB, Ary Raghiant Neto, por ter aberto apuração, no âmbito do Conselho Federal da entidade com a finalidade de apurar a atuação dos advogados que foram denunciados e alvos da Operação E$quema S, que investiga pagamentos da Fecomércio, Sesc e Senac no Rio a escritórios sem a devida prestação dos serviços, segundo a Lava Jato, nas cinco unidades da Federação. A ação foi distribuída para o ministro Gilmar Mendes do STF.

A operação E$quema S, 1 desmembramento da Lava Jato, investiga possível desvio de R$ 355 milhões do Sistema S, sendo que pelo menos R$ 151 milhões foram das instituições do Rio de Janeiro e da Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro) por escritórios de advocacia.

A operação é baseada em uma delação premiada de Orlando Diniz, ex-presidente da seção fluminense do Sistema S, que engloba Fecomércio, Sesc e Senac. Ao todo, o juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, expediu 51 mandados de busca e apreensão.

São alvos da operação: Frederick Wassef, que representou a família do presidente Jair Bolsonaro; Cristiano Zanin, advogado do ex-presidente Lula; Ana Tereza Basílio, da defesa do governador afastado Wilson Witzel.