Morreu em Belém no Pará o ex-comandante do 4° Batalhão da Polícia Militar, Mário Pantoja. Ele foi condenado a mais de 150 anos de prisão pelo Massacre Eldorado dos Carajás, onde foram assassinados 19 trabalhadores sem terra, em abril de 1996, no sudeste do Pará. O coronel foi condenado pela execução dos trabalhadores rurais e cumpria prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. O confronto com policiais ocorreu em 17 de abril de 1996 no município de Eldorado dos Carajás.
Mario Pantoja era o comandante da operação da Polícia Militar encarregada de liberar o tráfego no trecho conhecido como “Curva do S” na rodovia PA 150, no sul do Pará. O local estava ocupado por cerca de 1,5 mil trabalhadores rurais ligados ao MST, que reivindicavam terras para a reforma agrária.
O confronto com policiais ocorreu em 17 de abril de 1996 no município de Eldorado dos Carajás e, além de bombas de gás lacrimogêneo, a polícia atirou contra os manifestantes.
Dos 155 policiais que participaram da ação, Mário Pantoja e José Maria de Oliveira, comandantes da operação, foram condenados a penas que superaram os 150 anos de prisão.