No dia 21 de abril de 1960 (uma quinta-feira), pontualmente às 9h30 min, o então presidente do Supremo Tribunal Federal, o pernambucano Frederico de Barros Barreto declarou instado na nova capital da República o principal e mais importante tribunal de justiça do país. Estiveram ausentes cinco ministros.; Anteriormente, o STF funcionava na Rio de Janeiro e foram necessárias várias discussões – todas acaloradas – para que houvesse então a decisão da Corte de deixar a cidade e ir para Brasília.
O advogado Alberto Veronese – até hoje residindo em Brasília – esteve presente na cerimômia que marcou a transferência do STF. “Tive a honra de ter trabalhado com o ministro Frederico de Barros Barreto, afirmou com muito orgulho Alberto Veronese que estudou no famoso Colégio Padre Antonio Vieira – apelidado pelos alunos de “Padreço”, no Humaitá, na zona sul do Rio de Janeiro. Barros Barreto declarou, recorda com muito carinho Alberto Veronese: ” esta obra monumental parece simbolizar, na sua imponência, a magnitude e importância de um dos Poderes da República, a justiça em sua cúpula”.
Frederico de Barros Barreto nasceu em Recife no dia 1 de junho de 1895, vindo a falecer na extinta Guanabara, hoje Rio de Janeiro, em 18 de maio de 1969. foi um magistrado brasileiro. Filho de Manuel de Barros Barreto e Antonieta Thompson de Barros Barreto, formou-se na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1915. Foi nomeado pelo então presidente da República, Getúlio Vargas, ministro do Supremo Tribunal Federal em 17 de maio de 1939 na vaga do ministro Costa Manso. No dia 29 de janeiro de 1960, ainda no Rio de Janeiro, assumiu a presidência do STF na vaga do então presidente Orozimbo Nonato, mineiro de Sabará, mesma cidade onde nasceu o também ex-presidente do STF e do TSE, hoje atuando como advogado em Brasília, ministro aposentado José Paulo Sepúlveda Pertence. Barros Barreto foi substituto na presidência do Supremo pelo seu colega Lafayette de Andrada.