Como a memória do brasileiro é curta é bom lembrar que amanhã, dia 15 de junho, há 20 anos, morria, no Rio de Janeiro, o arquiteto Sérgio Wladimir Bernardes. Autor de inúmeras obras, principalmente em Brasília, como o Centro de Convenções Ulisses Guimarães, o mastro da Praça dos Três Poderes e o planetário. Fora da capital da República desenhou o Pavilhão de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, o Hotel Tropical Tambaú e o Espaço Cultural, obra arquitetônica referencial em todo o país, em João Pessoa, na Paraíba, e o mausoléu do ex-presidente da República Humberto Castelo Branco, em Fortaleza, no Ceará.
Sergio Bernardes cursou arquitetura pela Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro. Um ano antes de sua graduação, um dos seus projetos, o Country Club de Petrópolis, foi publicado na revista francesa L’architecture d’aujourd’hui, em edição dedicada à nova arquitetura brasileira. Graduado em 1948, trabalhou com Lucio Costa e Oscar Niemeyer no início de sua carreira. Ao longo de sua carreira Sérgio Bernardes venceu algumas bienais, dentre elas a Bienal de Veneza, em 1964, cujo prêmio em dinheiro trocou por uma Ferrari, que levava em suas viagens ao exterior e pilotava em autódromos.