O projeto Mãos à Obra esteve no canteiro de obras do edifício Braz Corporate, localizado no bairro de Nazaré, em Belém do Pará. A ação, que visa esclarecer sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher, reuniu pelo menos 50 trabalhadores e trabalhadoras da construção civil. A iniciativa é da Coordenadoria Estadual do Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), que tem à frente a desembargadora Rosi Maria Gomes de Farias, em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção do Pará (Sinduscon-PA).
As palestras, que abordam a campanha do Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica e Familiar, foram ministradas pela pedagoga da Cevid, Riane Freitas. Machismo, patriarcado e os cinco tipos de violência designados na Lei Maria da Penha (verbal, física, psicológica, moral e patrimonial) são alguns dos temas abordados.
Nos canteiros, há também a divulgação da campanha Sinal Vermelho, que é um instrumento de denúncia contra a violência doméstica. Com um “X” na palma da mão ou em qualquer outra superfície, a mulher pode pedir ajuda para qualquer estabelecimento onde o atendente deve chamar a polícia.
No Brasil, essa ideia abriu uma nova era de enfrentamento à cultura de agressões ao público feminino. A iniciativa foi criada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e tem integrado os Poderes e a sociedade na luta para tirar o país do estigma de ser o quinto mais perigoso do mundo para a mulher viver.
Iniciado em 2016, o projeto visa levar a prevenção e o combate à violência doméstica e familiar contra a mulher ao ambiente da construção civil, predominantemente ocupado por homens. As ações foram suspensas desde 2020, em razão da pandemia de Covid-19, e retomadas no início do mês de maio, com a realização de duas palestras no canteiro de obras do estádio Mangueirão, em Belém.