O ex-ministro do STJ, Carlos Fernando Mathias de Souza, faleceu na noite desta quarta-feira (8/5), aos 85 anos, em Brasília. Mathias morreu em casa devido à falência múltipla dos órgãos. Natural do Rio de Janeiro, Mathias deixa esposa, duas filhas e um neto. Ainda não há informações sobre o velório. Mathias também fez parte do Tribunal Regional Federal (TRF) e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal. Foi presidente da Academia Brasileira de Letras Jurídicas (ABLJ) e presidente do Instituto Ítalo-Ibero Brasileiro de Estudos Jurídicos.
Com duas graduações, ele se formou em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil. Mathias deu aulas na Universidade de Brasília (UnB) e no Ceub. Pelas atividades desenvolvidas na área jurídica e de docência, recebeu centenas de prêmios e títulos de instituições públicas e privadas brasileiras e estrangeiras, entre os quais a Medalha do Mérito Professor San Tiago Dantas. Também colaborou com artigos no Suplemento Direito & Justiça do Correio Braziliense. Renomado autoralista na área em que fez diversas publicações.
Amigos o destacam como uma figura emblemática, não apenas pela extraordinária trajetória profissional, mas pelo impacto deixado nas vidas daqueles que tiveram a honra de seu convívio e ensinamentos. O advogado Eduardo Roriz comentou: “Grande figura do mundo jurídico, professor dedicado, Procurador destacado e magistrado justo e humano. Tais qualidades fizeram parte da vida de Carlos Fernando Mathias, mas nada supera , seu excelente humor, bondade e infinita amizade. Que Deus o receba.À família, meus sinceros sentimentos”.
As diretorias da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) e da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAADF) lamentam o falecimento do advogado e professor Carlos Fernando Mathias. O professor atuava na Universidade de Brasília (UnB), foi diretor da Faculdade de Direito, desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) e ministro convocado do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Carlos deixa a esposa Maria Luiza, duas filhas, Ana Luísa e Fernanda, e o neto Henrique.
Carlos Fernando Mathias de Souza,nasceu em 25 de março de 1939, no Rio de Janeiro/RJ.Filho de: João Mathias de Souza e Inésia Moraes de Souza. Graduado em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, atual UFRJ, em 1961. Especializado em Direito Autoral pela Universidade Federal de Goiás, em 1979. Concluiu também os cursos de especialização de Direito Diplomático e Consular, Sociologia Criminal, Psicopatologia Forense, Prova Penal, Direito Judiciário Civil, Aspectos do Direito Falimentar, Direito Público, Resistência à Opressão e Segurança do Estado e de Direito Penal. Cursou Relações Internacionais, no Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Brasil. Curso de Direito Internacional Público da Academia de Direito Internacional de Haia, em 1969, e cursos especiais para Juízes Federais, pelo Ministério da Graça e Justiça, em Roma, Itália, em 1995, e pelo Federal Judicial Center, em Washington, Estados Unidos.
Tomou posse como Juiz Federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região em 17 de fevereiro de 1995, pelo quinto constitucional, tendo sido indicado, em lista sêxtupla, pelo Conselho Federal da OAB e, em lista tríplice, pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Membro do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, de 1962 a 1994.
Juiz Federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a partir de 1995.nVice-Presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, de 19 de abril de 2002 a 19 de abril de 2004. Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília – UnB. Lecionou nas Faculdades de Serviço Social do DF e de Educação do Instituto de Ciências Humanas da UnB e ainda do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Professor no curso de mestrado da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás.
Procurador do Distrito Federal, tendo chegado a Subprocurador-Geral, com todas as promoções por merecimento. Advogado no Rio de Janeiro, de 1961 a 1962, e no Distrito Federal, de 1962 a 1994. Presidente do Conselho Nacional Autoral e do Conselho de Educação do Distrito Federal. Presidente da Comissão de Ensino Jurídico e Membro da Comissão do exame da Ordem, do Conselho Federal da OAB, de 1993 a 1995. Advogado militante no Estado da Bahia, entre 1974 a 1977. Promotor Público do Ministério Público do Estado da Bahia, de 1977 a 1978. Aposentadoria, 23 de março de 2009