Por Andréa Pachá
A Lei Maria da Penha chega aos 18 anos. E não é para as mulheres que vai o recado. Nós todas já entendemos a necessidade do respeito à igualdade, à vida digna livre da violência e das ameaças, à importância de uma norma de proteção que assegure nossos direitos fundamentais. Os números do Observatório da Violência, no entanto, demonstram que os homens precisam melhorar. Como seres humanos, como cidadãos, como pais, maridos e companheiros.
Não vamos usar o dia em que celebram os 18 anos da Lei Maria da Penha para permanecer no lugar de vítimas, para sofrer pelas mortes violentas e agressões inaceitáveis.
Vamos exibir, no dia dessa celebração, o quanto os homens se amesquinham e se diminuem ao resistir ao óbvio: igualdade é direito fundamental. Já passou da hora de crescer, virar gente e entender que uma vida sem violência é uma vida melhor para todos.
Se o fato de ser criminoso não abala a autoestima e o se passados 18 anos, ainda não conseguiram entender a conduta criminosa e se comportar de maneira diferente, que ao menos percebam o ridículo de insistir nessa toada. A Lei Maria da Penha já cresceu. Que cresçam os homens e que se sintam excluídos de uma sociedade que merece respeito, dignidade e alegria. A luta é pela vida. Pela vida livre das mulheres.